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O que é mais radical: cortar carboidratos ou reduzir o estômago?

Muita gente ainda acredita que o diabetes tipo 2 é uma doença crônica e progressiva, algo impossível de reverter. Mas será que isso é realmente verdade? A cirurgia bariátrica trouxe um grande questionamento sobre essa ideia, já que muitos pacientes diabéticos que passam pelo procedimento conseguem abandonar os remédios – até mesmo a insulina – e normalizar a glicemia em questão de semanas. Mas será que essa reversão acontece apenas por causa da cirurgia?

Um estudo realizado em 2008 comparou os efeitos da bariátrica com os de uma dieta restritiva. O resultado? Setenta e dois por cento dos operados entraram em remissão do diabetes, contra apenas 13% do grupo que seguiu a dieta. Mas tem um detalhe importante: a dieta usada no estudo era extremamente restritiva, praticamente uma dieta de fome, o que torna a adesão muito difícil. Apesar disso, a pesquisa trouxe dois achados fundamentais: primeiro, que o diabetes tipo 2 pode ser revertido. Segundo, que essa reversão não depende necessariamente da cirurgia em si, mas sim da quantidade de peso perdido – os operados só tiveram mais sucesso porque emagreceram mais rápido.

Intrigado com essa descoberta, o pesquisador britânico Roy Taylor levantou uma hipótese ousada: e se o grande responsável pela reversão do diabetes fosse, na verdade, a restrição calórica drástica que ocorre nos primeiros dias pós-cirurgia? Para testar essa teoria, em 2011 ele conduziu um estudo com 11 pacientes diabéticos submetidos a uma dieta radical de apenas 600 calorias diárias, à base de shakes. Os resultados foram impressionantes: em apenas sete dias, a glicemia e a sensibilidade hepática à insulina voltaram ao normal. Em oito semanas, a gordura do fígado e do pâncreas havia reduzido significativamente e a produção de insulina se normalizou. Para Taylor, ficou claro que o diabetes tipo 2 não é algo irreversível – e que os pacientes deveriam ser informados disso.

A teoria de Taylor só ganhou repercussão mundial em 2017, quando ele publicou o estudo DiRECT na renomada revista científica The Lancet. Dessa vez, a pesquisa envolveu 306 pacientes com sobrepeso ou obesidade e diabetes diagnosticado há até seis anos. O grupo de intervenção seguiu uma dieta líquida de 800 a 850 calorias diárias por três a cinco meses, seguida por uma reintrodução gradual dos alimentos sólidos. O grupo controle, por sua vez, seguiu as “melhores práticas em diabetes”.

Os resultados foram surpreendentes: quase metade dos participantes do grupo da dieta entrou em remissão e manteve esse estado por um ano. Entre aqueles que perderam 15 kg ou mais, o índice de remissão foi ainda mais impressionante – 86%. Já no grupo controle, apenas 4% conseguiram reverter a doença.

No fim das contas, o estudo mostrou que a chave para a remissão do diabetes tipo 2 não é necessariamente a cirurgia, mas sim a perda de peso significativa – algo que, embora desafiador, pode ser alcançado também por meio de uma alimentação muito bem controlada.


Como reverter o diabetes tipo 2?

Agora que já sabemos que a remissão do diabetes tipo 2 é uma realidade – e que os pacientes deveriam ter essa informação para que possam buscar uma vida sem a doença –, a grande questão é: quais são os caminhos possíveis para isso?

Até o momento, apenas três métodos foram cientificamente comprovados para alcançar essa reversão. Já falamos sobre a cirurgia bariátrica e sobre a dieta líquida extremamente restritiva, com shakes de 600 a 800 calorias por dia. Mas há uma terceira alternativa: A dieta low-carb.

Muita gente encara a low-carb, especialmente em sua versão mais restrita (a very low-carb), como algo radical. Mas será que realmente é? O que parece mais extremo: abrir mão de pão e macarrão, mas poder comer um belo churrasco, ou passar meses tomando shakes no lugar das refeições? E mais: o que é mais radical, reduzir drasticamente os carboidratos ou submeter-se a uma cirurgia para cortar o estômago? No fim das contas, essas são as três únicas estratégias com embasamento científico para reverter o diabetes tipo 2.

Low-carb e diabetes: um estudo fascinante

Em 2005, um pequeno, mas revelador estudo realizado na Temple University, na Filadélfia, trouxe insights interessantes sobre a relação entre uma alimentação low-carb e o controle do diabetes. Na época, a dieta Atkins era extremamente popular nos Estados Unidos para a perda de peso, mas pouco se sabia sobre seu impacto em diabéticos.

Os pesquisadores decidiram, então, testar essa abordagem em um grupo de dez pacientes diabéticos obesos (com peso médio de 114 kg). O número de participantes foi reduzido propositalmente porque o estudo foi feito em um ambiente hospitalar, onde a alimentação era rigorosamente supervisionada para garantir que a dieta fosse seguida à risca.

Primeiro, os pacientes passaram sete dias consumindo suas dietas habituais. Em seguida, foram submetidos à fase mais restritiva da dieta Atkins, com apenas 20 gramas de carboidratos por dia. E um detalhe crucial: a dieta era ad libitum, ou seja, eles podiam comer até se sentirem saciados. Diferente da dieta líquida de shakes, aqui ninguém passava fome.

Os resultados foram impressionantes: sem que houvesse qualquer restrição calórica imposta, os participantes reduziram, em média, 1.000 calorias por dia de forma espontânea. Em apenas duas semanas, perderam cerca de 2 kg, sendo 1,65 kg de gordura – um efeito condizente com o déficit calórico gerado naturalmente pela nova alimentação. O restante da perda de peso veio da eliminação de glicogênio e água.

Em outras palavras, a simples mudança na composição da dieta, sem necessidade de controle obsessivo de calorias, levou a uma redução significativa no consumo energético e à perda de peso – um fator fundamental para a remissão do diabetes tipo 2.

E isso é só o começo. Quer saber mais sobre como a low-carb pode ser uma alternativa viável para quem busca reverter o diabetes tipo 2? Continue acompanhando todos os posts do blog! 😉


A Remissão do Diabetes Tipo 2: Uma Escolha Possível

Em apenas 14 dias seguindo uma abordagem low-carb sem restrição calórica voluntária, os pacientes do estudo da Temple University apresentaram uma normalização dos níveis de glicose ao longo do dia, além de uma redução de 35% nos triglicerídeos e melhora significativa na resistência à insulina.

Se esses resultados parecem familiares, é porque são bastante semelhantes aos observados no estudo de Roy Taylor em 2011 – aquele que submeteu pacientes a uma dieta líquida de apenas 600 calorias diárias. A diferença? Os pacientes que seguiram a dieta Atkins passaram por um processo muito mais confortável.

A dieta utilizada no estudo permitia carnes, ovos, vegetais, queijos, manteiga e até mesmo molhos low-carb. Era uma alimentação de verdade, não shakes industrializados de sabores artificiais. E mesmo assim, sem fome e sem restrição calórica, os resultados foram surpreendentes.

Mas a ciência exige mais do que um estudo-piloto. É possível reverter o diabetes tipo 2 com low-carb?

A Ciência da Remissão do Diabetes Tipo 2

Felizmente, não faltam pesquisas sobre o impacto da low-carb no diabetes. Em 2021, uma metanálise de 23 ensaios clínicos randomizados concluiu que a dieta low-carb pode sim levar à remissão do diabetes tipo 2, especialmente nos primeiros seis meses.

Os números são impressionantes:
🔹 1 em cada 3 pacientes atingiu a remissão (HbA1c < 6,5%) em seis meses.
🔹 No primeiro ano, um estudo com o protocolo Virta Health mostrou que 60% dos pacientes alcançaram remissão – e 25% ficaram completamente livres de qualquer medicação.
🔹 No segundo ano, 53% dos pacientes ainda estavam em remissão.

E a evidência continua crescendo. Em 2023, um novo estudo com 186 pacientes acompanhados por uma média de 33 meses mostrou que:
97% melhoraram o controle do diabetes.
93% dos pré-diabéticos normalizaram seus níveis de glicose.
77% das pessoas com diagnóstico recente de diabetes (até 1 ano) conseguiram remissão sem medicação.
No geral, 51% dos pacientes atingiram a remissão sem o uso de medicamentos.

E mais: houve melhora na função renal, redução da pressão arterial e dos riscos cardiovasculares, além de uma grande economia financeira com a suspensão de remédios.

Qual a Melhor Estratégia?

Sabemos que a cirurgia bariátrica ainda é a abordagem mais eficaz para reverter o diabetes, mas seus riscos e complicações a longo prazo são consideráveis. Já a dieta líquida com shakes pode funcionar, mas não parece uma solução viável para a maioria das pessoas.

Por outro lado, a dieta very low-carb permite que o paciente coma até a saciedade, sem fome e sem precisar recorrer a suplementos artificiais. É uma abordagem sustentável, que pode ser mantida como um estilo de vida real – em casa, em restaurantes, em viagens.

Como disse a doutora Sarah Hallberg, do Virta Health:

“Os profissionais de saúde são responsáveis diariamente pela vida dos pacientes atingidos por essa epidemia sem precedentes. O padrão atual de atendimento pode até ser adequado para alguns, mas outros certamente escolheriam a reversão se entendessem que havia uma escolha.”

A remissão do diabetes tipo 2 não só é possível, como pode ser provável, quando a estratégia certa é oferecida ao paciente.

Afinal, qual escolha você faria?


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Referencias:

HALLBERG; GERSHUNI; HAZBUN et al., 2019.

SOUTO, J. C. Uma dieta além da moda: Uma abordagem científica para a perda de peso e a manutenção da saúde. 1. ed. São Paulo: Editora [Nome da Editora], 2023.

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