A DEMONIZAÇÃO DA GORDURA SATURADA

a demonização da gordura saturada


A gordura saturada foi demonizada durante anos e até hoje milhares de pessoas morrem de medo de comer alimentos ricos em gordura saturada (como por exemplo um torresmo ou um ovo frito) e terem no futuro um ataque cardíaco ou engordarem rapidamente.

Mas no artigo/infográfico de hoje que foi escrito por GLAUBER SILVA, do site obesoemagrece.com, nós vamos entender porque essa preocupação não deveria existir e como a toda essa história mal contada envolvendo a gordura saturada teve início…

O ditado popular “você é o que você come” não é tão linear assim, a gordura saturada tem papel importante para nos manter saciados por mais tempo. 

Ao contrário do que é disseminado pela maioria das revistas de emagrecimento e profissionais de saúde, a gordura animal não deve ser evitada! 

Já sabemos que para se obter sucesso no processo de emagrecimento alguns carboidratos devem ser reduzidos e outros até mesmo abolidos. Para suprir a falta desses carboidratos, você deve consumir mais das gorduras saturadas – aquela encontrada em animais e também disponível em alguns óleos tropicais como o óleo de coco.

Mas talvez você possa estar pensando que isto é loucura! Afinal, nós passamos a vida toda escutando que a gordura saturada está relacionada a vários problemas de saúde como obesidade e doenças cardíacas. Porém, até hoje nenhum estudo conseguiu comprovar tais afirmações.

O homem evoluiu por milhões de anos comendo gordura animal, as recomendações de evitá-las foram impostas somente a partir dos anos 70.

Assim passamos a comer mais carboidratos para suprir a falta da gordura, desde então os números passaram a subir cada vez mais e hoje enfrentamos epidemias generalizadas de obesidade, síndrome metabólica e outras doenças relacionadas.

Para entender melhor como surgiu toda essa história mal contada, confira o infográfico que explica de forma fácil e objetiva como toda essa confusão teve inicio.

A DEMONIZAÇÃO DA GORDURA SATURADA

›Uma história muito mal contada: A Demonização Da Gordura Saturada!

A espécie humana evoluiu ingerindo gordura animal. Então quando ela passou a ser uma ameaça para nós ?

– Em 1912 um médico patologista russo chamado Nikolai Anichkov fez um experimento usando alguns animais como cobaia, as análises foram feitas em coelhos, cachorros e ratos. Mas do que se tratava o tal experimento? Nikolai alimentou os animais com colesterol puro, gemas de ovos diluídas em azeite de oliva.

Veja os resultados observados nos animais após algumas semanas seguindo esta dieta:

Coelhos: Apresentaram depósitos de colesterol nas artérias, tendões e outros tecidos conjuntivos. A aorta de 90% dos coelhos estudados começou a exibir as mesmas placas acinzentadas encontradas em humanos vítimas de infarto.

Cachorros e Ratos: Estes não desenvolveram placas nas artérias, por mais colesterol que ingerissem nada de estranho acontecia.

Na época este experimento ajudou a evidenciar a ideia de que o colesterol seria um vilão entupiodor de veias. Entretanto, um detalhe importante passou despercebido pelo médico russo:

Coelhos são animais vegetarianos e não possuem mecanismos em seu organismo para metabolizar de forma adequada o colesterol consumido. Coelhos não estão evolutivamente preparados para realizarem esta tarefa.

Enquanto cachorros e ratos, que estão acostumados a comer qualquer coisa, possuem uma relação mais íntima com o colesterol, o que explica sua maior resistência à formação de placas.

A partir deste ponto de vista, a única conclusão cabível para este experimento seria o fato de que coelhos não deveriam comer carne!

Este “pequeno detalhe”, que seria ignorado mais tarde por outros cientistas, passou despercebido e ajudou formar a ideia de que o colesterol elevado no sangue era a causa de seu acúmulo nas paredes das artérias.

– Nos anos 50 o americano John Gofman desengavetou os trabalhos do médico russo Nikolai. Através de um novo estudo o americano mostrou que a gordura no sangue dos coelhos alimentados com colesterol era composta por duas frações principais, assim foram descobertos o colesterol “bom” (HDL) e o colesterol “ruim”(LDL).

Gofman ainda percebeu que a fração de colesterol “ruim” (LDL) encontrada nos coelhos que desenvolviam placas nas artérias, (90 % do total) estava elevada. Já nos outros 10% de coelhos, as taxas de colesterol “bom” (HDL) eram as que se apresentavam em maior quantidade.

Algum tempo depois pesquisadores realizaram testes com outros dois grupos, desta vez humanos:

Grupo 1 Cardíacos → Resultados: Apresentaram altos níveis de colesterol “ruim” – o LDL.

Grupo 2 Saudáveis → Resultados: Apresentaram altos níveis de colesterol “bom” – o HDL.

Conclusões precipitadas: Se o grupo de cardíacos apresentava altos níveis de LDL, assim como nos 90% de coelhos testados anteriormente, logo os humanos deveriam comer menos gordura animal para evitarem problemas cardíacos.

Novamente um “pequeno detalhe” foi esquecido: Coelhos são diferentes de humanos!

Coelhos → Evoluiu comendo somente vegetais. Não é capaz de metabolizar adequadamente o colesterol.

Humanos → Evoluiu comendo animais, ou seja:gorduras saturadas. Assim como ratos e cachorros: este é íntimo do colesterol.

Atualmente a ciência nos mostra que:

O LDL não é tão “ruim” assim, ele só representa algum perigo caso esteja oxidado, pois se torna inflamatório. E só oxida quando existe excesso de radicais livres!

Ao contrario do que o conhecimento popular nos diz, hoje se sabe que nem a gordura saturada e nem o colesterol se depositam nas artérias. O colesterol está na cena do crime, mas não é o criminoso! O colesterol se apresenta nas artérias para consertar danos causados por inflamações provocadas nas paredes arteriais.

Como o colesterol é frequentemente encontrado nas veias das vitimas de ataques cardíacos, acaba levando a culpa injustamente, enquanto na verdade estava apenas realizando o seu trabalho.

Culpar o colesterol que está atendendo a um chamado do seu próprio corpo solicitando reparo, seria a mesma coisa que culpar um bombeiro chamado por você por estar apagando o fogo em sua casa!

Mas na época não se sabia exatamente o papel do colesterol como sabemos atualmente, assim a comparação duvidosa entre humanos e coelhos prevaleceu, a guerra à gordura saturada estava prestes a ser declarada!

Asolução era “óbvia” (leia-se desastrosa), se havia um colesterol “bom” e um “ruim”, então as gorduras deveriam também ser divididas em:

“Boas” → Insaturadas, derivadas principalmente dos vegetais e dos peixes.

“Ruins” → Saturadas, como as da carne vermelha e dos derivados do leite.

– Em 1953 o pesquisador e médico americano Ancel Keys publicou um estudo aonde demonstrava que os países com maior consumo de gordura saturada apresentavam maiores índices de doença cardíaca.

Keys conhecia o estudo dos coelhos e acreditava que os altos índices de colesterol no sangue eram os reais causadores do entupimento dos vasos sanguíneos. Para defender o seu ponto de vista, Keys acabou sendo tendencioso em seu estudo.

Em 1957 cientistas publicaram uma detalhada crítica ao estudo de Ancel Keys:

A principal revelação era o fato de que o estudo apresentado anteriormente dispunha de informações de 22 países, enquanto apenas as informações referentes a 6 países haviam sido utilizadas.  

Mas a escolha de apenas alguns não foi por acaso! A partir das informações destes 6 países em específico é que foi possível definir um gráfico que demonstrasse que quanto maior fosse o consumo de gordura animal nos países, maiores eram também os índices de doenças cardíacas.

Ao computarem os dados da pesquisa com todos os 22 países, não só se comprovou que o estudo estava errado como também se observou que os países com maiores índices de consumo de gorduras saturadas tinham um menor risco de doenças cardíacas.

Até mesmo a associação americana de cardiologia criticava severamente a hipótese de Keys, estava claro que não existia evidência suficiente para relacionar a gordura saturada na dieta com a elevação do colesterol e doenças cardiovasculares.

– “Misteriosamente”, em 1961, a associação americana de cardiologia passou a dar apoio a teoria de que gorduras saturadas eram vilãs que entupiam veias, a solução seria a redução ou controle do seu consumo.

Mas o que teria provocado esta mudança de opinião tão drástica nestes 4 anos? “Coincidentemente”, neste período, Ancel Keys era membro do comitê e ganhava cada vez mais prestígio político.

Os rumores foram crescendo e cada vez mais os boatos e publicações suspeitas diziam que as gorduras saturadas eram ruins, assim esta ideia foi ganhando força, juntamente com apoio de outros médicos e pesquisadores como Ancel Keys.

Em 1977 a recomendação de se diminuir e controlar gorduras saturadas passou de hipótese a dogma!  O consumo diário de colesterol recomendado passou a ser a quantia referente a um ovo por dia.

Não havia base científica para tal decisão e quando as mesmas foram solicitadas, o senador McGovern respondeu com a seguinte pérola:

Eu só quero argumentar que nós, senadores, não temos o luxo que os cientistas têm de poder esperar até que o último pedaço de evidência esteja estudado.

O engraçado desta declaração é o fato de que, se quer, existiam evidências científicas aceitáveis. Os métodos utilizados eram questionáveis, por exemplo: o cálculo do consumo de gordura era realizado utilizando a quantidade total de gordura do país dividida pelo número de habitantes, não levando em consideração se a gordura seria utilizada para fazer sabão ou comida.

A orientação de se reduzir e controlar a ingestão de gorduras saturadas passou a ser considerada como alternativa mais saudável e adequada para uma dieta que proporcione saúde e controle do peso. Porém, não existem evidências comprovando que ingerir menos gordura animal diminua as chances de ter ataque cardíaco ou de viver mais tempo.

Ainda assim esta recomendação é considerada até hoje como verdade absoluta por uma maioria esmagadora de pessoas e profissionais da saúde. Antes da década de 70, o homem jamais havia tentado de forma espontânea eliminar gordura saturada (animal) da dieta!

Veja o que aconteceu: Os números passaram a subir cada vez mais e atualmente existem graves problemas de saúde em todo mundo, epidemias sem precedentes de síndrome metabólica, diabetes e obesidade são comuns em diversos países.

Até hoje, nenhum estudo epidemiológico para avaliar as consequências de uma dieta rica ou escassa em gordura animal conseguiu demonstrar relação de causa e efeito em relação aos problemas supostamente atribuídos a gordura saturada.

A demonização da gordura saturada nasceu sem base científica suficiente, graças a falta de senso crítico de pesquisadores e governos…

›Assim Nasceu a Maior Mentira Do Século Que Condenou Injustamente a Gordura Saturada!

 

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Referências:

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