Os autores que escrevem sobre low carb em inglês usam muito duas expressões: “green leafy vegetables” e “non-starchy vegetables“.
Green leafy vegetables seriam os vegetais folhosos. Coisas como alface, couve, rúcula, espinafre, chicória, etc.
Non-starchy vegetables são, literalmente, “vegetais de baixo amido”. Coisas como abobrinha, couve-flor, brócolis, berinjela, aspargos, tomate, cenoura, cebola, alho, pimentão, e tantos outros.
Sempre escuto alguém falando que não aguenta mais comer ovo e bacon… Ou ainda que está sofrendo com constipação, ou que está enjoado com “tanta gordura”. Mas de onde saiu isso?? Afinal, aqui no blog estão escritas as seguintes recomendações:
“Não há necessidade de complicar com fases, regras detalhadas, etc. aquilo que, no fundo, é simples:
1) Cortar açúcar;
2) Eliminar grãos (especialmente trigo e soja);
3) Evitar raízes (“tubérculos”, em especial batatas) se você precisa perder muito peso (caso contrário, não);
4) Optar por comida de verdade;
5) Não consumir gorduras artificiais (margarinas) e evitar as refinadas (óleos extraídos de sementes);
6) Perder o medo da gordura natural dos alimentos;
Pessoal, no fundo é só isso!! Precisa de um doce? Coma uma fruta.
Tá difícil perder peso? Elimine um pouco as frutas e/ou batatas. Cada um é diferente. Cada um precisa testar em si mesmo o que funciona, e aquilo que lhe torna possível seguir com o estilo de vida de forma continuada.¨
Finalmente me caiu a ficha: muitas pessoas entram nesse mundo através do Facebook ou no Instagram, de onde copiam dicas apócrifas de indivíduos pouco ou mal-informados. Ou então resolveram fazer aquela “dieta da proteína” (seja lá o que for isso), pois “ouviram falar” que emagrece. E pronto! Sua dieta se resume a carne, ovos, queijo, e bacon.
Há vários erros nisso, mas os principais são:
-
Uma dieta Low carb não deve ser NO carb. Dito de outra forma, trata-se de restringir açúcar, farináceos e o excesso de amido, e não de se preocupar com alguns gramas de carboidratos em vegetais;
- A cetose, isto é, produzir entre 0,5 e 5 mmol/l de corpos cetônicos, compostos produzidos pela “queima” acelerada de gordura, é completamente desnecessária para que se perca peso em uma dieta low carb. Não que seja prejudicial – não é! – mas a cetose não deve ser um objetivo em si, e não deve ser obtida às custas de limitar o consumo de vegetais.
Em uma dieta low carb bem formulada, a quantidade de vegetais, em volume de comida, deve ser MAIOR que a quantidade de produtos animais. Isso é importante para a flora intestinal, para o equilíbrio nutricional da dieta, e porque só há uma unanimidade em nutrição que eu conheço: vegetais folhosos e vegetais de baixo amido estão UNIVERSALMENTE associados a bons desfechos de saúde em 100% dos estudos. Há incontáveis discordâncias em nutrição (low carb versus low fat, páleo versus vegetariana, etc.), mas isto é uma unanimidade.
Esta será uma postagem visual. Vou mostrar imagens de pratos, uns em restaurantes, outros em casa, que – espero – ajudem a transmitir a mensagem de que esse tipo de vegetal (vegetais folhosos e vegetais de baixo amido) pode e deve ser consumido de forma ILIMITADA em uma dieta low carb bem formulada.
Eis uma demostração do preparo de uma típica refeição low carb, que coloca em perspectiva a proporção de vegetais de baixo amido e carne:
A seguinte refeição segue sendo compatível com os objetivos de quem precisa perder peso, e manejar síndrome metabólica ou diabetes com uma dieta low carb:
O mesmo vale para essa:
Mas é importante que fique claro que uma dieta composta EXCLUSIVAMENTE de refeições como essas duas últimas é a principal causa das queixas como constipação e enjoo, bem como de alterações acentuadas de colesterol (como as discutidas aqui). E, obviamente, é insustentável e indesejável no longo prazo.
Enfim, ovo com linguiça pode até ser low carb, mas low carb não se resume a ovo com linguiça.
Referências:
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2015/10/os-vegetais-de-baixo-amido-low-carb-nao.html
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