Intestino saudável

Alimentação saudável = Intestino saudável


Você sabia que a sua alimentação interfere diretamente no bom funcionamento do seu intestino? Ou seja, Alimentação saudável = Intestino saudável. E que existem milhares de espécies bacterianas, presentes principalmente no cólon, chamadas de “microflora bacteriana”?

Para entender isso melhor, temos de pensar que trato gastrointestinal é estéril quando nascemos, mas rapidamente desenvolve uma microflora intestinal que pode variar de acordo com o tipo de parto, a alimentação da criança, o uso de antibióticos, a dieta e a idade.

Cada sistema, órgão e célula humana do corpo utiliza combustível para funcionar e libera resíduos que são subprodutos do metabolismo deste combustível, sendo que a maior parte deles é depositada nos intestinos, principalmente no cólon, o canal crucial de eliminação do organismo.

Porém, não são apenas estes subprodutos do metabolismo que são eliminados através do tubo digestivo, mas o grosso de todo o tipo de toxicidade com a qual o organismo entra em contato. Ou seja, se esse “lixo” não for eliminado de forma integral e regular através das fezes, automaticamente é reabsorvido pela circulação sanguínea, poluindo e intoxicando ciclicamente todo o sistema. Se há uma deficiência na incapacidade de eliminação dos resíduos por parte dos intestinos, isso pode gerar intoxicação crônica, sendo esta uma das origens de doenças fisiológicas.

Pesquisas comprovam que 95% de todas as doenças têm início neste órgão de eliminação e, por isso mesmo, um dos passos mais importantes quando pensamos em desintoxicação é a limpeza do cólon e de todo o tubo intestinal. Carregamos cerca de quatro a cinco quilos de matéria fecal tóxica dentro do cólon, e alguns casos registram até 15 quilos. Temos de pensar que, uma vez esticado, o intestino delgado mede de seis a nove metros, aproximadamente o tamanho de uma quadra de tênis! Ou seja, é essencial que ocorra uma evacuação de tudo, e sabemos que a maneira mais eficaz de medir a saúde dos intestinos é estudar a frequência das vezes em que vamos ao banheiro liberar essas fezes. Se você é do tipo que “libera menos do que come”, pode apostar que o seu intestino começa a acumular restos que deveriam ser expelidos.

Constipation

Segundo o Dr. Richard Schulze, que viajou pelo mundo durante doze anos em busca da compreensão do que seria uma frequência natural e saudável de defecação, nós devemos ir ao banheiro cerca de duas a três vezes ao dia para que não ocorra constipação. Para se ter uma ideia, o corpo humano transporta aproximadamente 100 trilhões de microrganismos no intestino, sendo que cerca de 300 a mil espécies diferentes vivem nele, compondo a microflora intestinal.

Se a função primária do intestino é absorver água e nutrientes, o papel específico da microflora cólica (bactérias existentes em nosso trato intestinal que ajudam em sua função) residente na digestão é fermentar as substâncias ingeridas na dieta que não são digeridas no intestino delgado.

A fermentação ocorrida a partir disso produz ácido lático e ácidos graxos de cadeia curta, os quais proporcionam energia às células do revestimento da parede do cólon, para melhorar a absorção de minerais e influenciar beneficamente o metabolismo dos lipídios e da glicose no fígado. Deste modo, fica claro que a microflora intestinal é essencial para que o mecanismo de proteção funcione em condições ótimas: sabendo que os prebióticos e probióticos trabalham para aumentar o número de bactérias benéficas ao nosso organismo, é de vital importância que mantenhamos os níveis desses nutrientes altos em nosso corpo. O não equilíbrio bacteriano pode acarretar em uma série de distúrbios, como a síndrome do intestino irritável, inflamação intestinal, câncer no cólon, gastroenterite e disbiose. O uso de antibióticos pode ter efeito nocivo no balanço da microflora.

microflora

A IMPORTÂNCIA DE CUIDAR DO INTESTINO

Há inúmeros estudos que comprovam a eficácia de seus benefícios e como eles podem atuar como verdadeiros “protetores” do nosso sistema imunológico. É fato que, se você tem uma alimentação balanceada, mais orgânica do que industrializada, sua saúde passa a estar automaticamente “blindada” contra qualquer agente de doença. É a escolha de alimentos que definirá se você estará ou não bem quando chegar à velhice, então, enquanto eu puder, baterei nessa tecla e direi que todos precisamos entender a importância de uma boa nutrição! Muito mais do que “ser o que nós comemos”, é ser o que absorvemos, e essa é a verdadeira realidade!

Os alimentos denominados prebióticos e probióticos, por exemplo, estão na linha de uma alimentação saudável,que nada mais é do que uma propriedade relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, no desenvolvimento, na manutenção e em outras funções normais do organismo humano. Eles caracterizam-se por oferecer inúmeros benefícios à saúde e atuam na redução do risco de doenças crônicas degenerativas, como o câncer e diabetes, para citar algumas.

É importante lembrar que, quando estamos lutando contra alguma doença ou contra algum risco de tê-la (herança genética e/ou resultado de outras disfunções), não adianta consumir apenas alguns alimentos e de vez em quando, porque, deste modo, os alimentos não fazem o trabalho de agir funcionalmente.

Em uma dieta saudável, é importante incluir alimentos como vegetais, (saiba quais neste post) frutas e alimentos alcalinizantes no cardápio regularmente, e reduzir o consumo, aos poucos, dos que não atuam como auxiliadores do bom funcionamento do organismo, como alimentos acidificantes, por exemplo: açúcar, carboidratos refinados, produtos processados, álcool e refrigerantes de forma geral, que são verdadeiros lixos para o nosso corpo. E, se estivermos lutando contra algum risco de doença, a dieta deve ser totalmente voltada para isso; portanto, fique atento aos alimentos frescos e naturais orgânicos, que são os mais benéficos! Saiba mais sobre quais alimentos que devemos comer na Dieta Paleo.

 

Referências

Dr. Mohamad Barakat. Pilares de uma vida Saudável.

HEMPEL, S; NEWBERRY, SJ; MAHER, AR; WANG, Z; MILES, JN;SHANMAN, R; JOHNSEN, B; SHEKELLE, PG. “Probiotics for the prevention and treatment of antibiotic-associated diarrheaa systematic review and meta-analysis”, JAMA, 307(18):1959- 69, 2012.

BES-RASTROLLO, M; SCHULZE, MB-CANELA, M;MARTINEZGONZALEZ. “Financial conflicts of interest and reporting bias regarding the association between sugarsweetened beverages and weight gain: a systematic review of systematic reviews”.

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